segunda-feira, 29 de julho de 2013

Quadras populares


Onofre é o nosso santinho
Sempre está ao nosso lado
Come sempre um bolinho
E dá-me um bocado
André Vakarov

Santo Onofre gosto de brincar contigo
És muito brincalhão
Mas não me mordas o umbigo
Sem ele não posso viver não
André Vakarov

Vem cá ter comigo,
Ó meu querido S. João
Traz-me cá uma bola
Ou então um balão
Madalena Rebelo

S. Pedro, S. Pedro
Não venhas cá ralhar
Já no outro dia
Te vi papel a rasgar
Madalena Rebelo 


Hipopóptimos, uma história de amor

Um rapaz não conseguia dormir, porque não parava de pensar na rapariga ruiva de quem gostava. Ele sonhava ganhar a corrida de final de ano e que ela lhe entregasse o prémio. 
No dia da corrida, ele acordou com uma grande borbulha na cara. A mãe tentou tranquiliza-lo, mas ao dizer que ela podia ter aparecido por ele não comer carne nem peixe, ainda o deixou mais perturbado. 

A caminho da escola, no autocarro, sentou-se a seu lado uma mulher muito gorda, que o incomodou muito com histórias medonhas acerca de borbulhas e por lhe dizer que ele tinha uma erva no coração, o que significava que ele era uma das raras pessoas que respeitavam a natureza. Então o rapaz olhou à sua volta e reparou que havia tantas pessoas com nomes de animais, de plantas e de lugares que dava para faze um mundo só com elas. 

Na corrida, ele chegou a estar em 4º lugar, mas ficou tão cansado que pensou em desistir, mas surgiu-lhe uma força inesperada que o fez ganhar. Tudo se passou como ele sonhara até à altura em que ela lhe ia contar algo. Aí, ele sentiu-se estranho, e deu por si transformado num hipopótamo, que assustou a rapariga, e foi transportado para o zoo.

Lá, ele foi admirado por muitas pessoas e até pelos seus pais e por um rapaz que era ele próprio, que lhe falou numas asas.

Então, o hipopótamo ficou de novo com aquela força especial, ganhou asas e sobrevoou a cidade até chegar a um rio, onde estavam mais hipopótamos. E foi aí que pensou que poderia ter sido sempre um hipopótamo e o seu sonho seria ser rapaz. 

Entretanto, apaixonou-se por uma hipopótamo-fêmea, mas quando se preparava para lutar por ela, foi chamado pelo Grande Hipopótamo. Ele falou-lhe na Grande Mãe e contou-lhe também a história dos hipopótimos, que são os rapazes que têm de aprender uma lição sobre os outros animais, transformando-se num hipopótimo, ficando assim a ouvir a música e a participar da dança. Os outros humanos não dão por nada, porque os que têm a tal erva são substituídos por um hipopótamo, que se transforma numa pessoa igual. 

Depois, ganhou asas de novo e voou até ao telhado da casa da rapariga ruiva, onde estava o rapaz a escorregar numa grande aflição. Ela acordou e tentou salvá-lo, mas também escorregou. Subitamente apareceu a hipopótimo-fêmea e ele acabou por descobrir que ela era a hipopótimo daquela rapariga e que ela lhe queria dizer que sabia que era ele quem lhe escrevia as cartas.

Entretanto, o rapaz salvou a rapariga e estava quase a beijá-la. Foi então que os hipopótimos regressaram ao corpo deles. Ela disse-lhe que se iriam esquecer de tudo e recordar o que aconteceu apenas como um sonho. E, por fim, beijaram-se.

 09-05-2013

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Golfinhos e andorinhas


Golfinhos

Parecem pássaros sem asas
Têm leques esvoaçantes
Dão saltos empolgantes
Nas águas, as suas casas

Já vi vários na televisão
Nos livros e no Zoomarine
São ilustrados no magazine
Inspirando uma bela canção

Tenho um azul e branquinho
Na cama em cima da almofada
Nado com ele na noite encantada
Acordo e dou-lhe um beijinho


A partir do poema dos golfinhos, criei o das andorinhas, fazendo pequenas alterações.

Andorinhas

Parecem golfinhos sem asas
Têm leques esvoaçantes
Fazem voos empolgantes
Dos ninhos até às águas

Já vi várias na televisão
Nos livros e na cidade
Ilustram a liberdade
Inspirando uma bela canção

Partem para terras distantes
Em busca de calor e comida
Voltam na primavera florida
Trazendo mensagens amantes

Tenho uma preta e branquinha
Na cama em cima da almofada
Voo com ela na noite encantada
Acordo e dou-lhe um beijinho
07-05-2013

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Amor

É difícil para mim
Falar sobre o amor
É um sentimento sem fim
Tanto me dá frio como calor

Amar é saber ouvir
Estar disposto a ajudar
Partilhar momentos a rir
Ou pelos outros a vida dar

Sinto amor pelos meus pais
Pelos amigos e ainda por Deus
Gosto deles cada vez mais
São tesouros sempre meus

Espero, um dia, amar um rapaz
Bom, honesto e carinhoso
Que a cozinhar seja um ás
E que também seja jeitoso
17-04-2013

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Perpétuas-das-areias


Descobri as perpétuas-das-areias
Num dia de sol em que fui à praia
Baixei-me e curiosa cheirei-as
O seu aroma ficou na renda da saia.










Apanhei uns tranquinhos
Com as lindas flores amarelas
Para fazer uns raminhos
E oferecê-los à tia Manuela.














Estava assim tão entretida
Quando num rochedo dei uma pancada
Mas a avó disse logo decidida
As perpétuas são como uma pomada.


          22-04-2013

Alecrim

Foi logo o que eu vi
Um alecrim
Que tão bom aroma tem
No canto do teu jardim

Que bonita flor
É verde e lilás
Eu fui apanhar
Melhor que um ananás

Eu gosto de ti
Como de alecrim
Que encontrei
No teu jardim


18-04-2013

A alegria

O Manuel disse-me uma graça
Que me fez saltitar na praça
Ele tem sentido de humor
Seja sobre que assunto for.
 
A Joana fez-me uma oferta
Surpresa pr´a ser descoberta
Deu-me grande satisfação
Veio mesmo do coração.

A Ana convidou-me pr´a brincar
E eu quis logo nos jogos alinhar
Foi um excelente divertimento
Que alegrou bastante aquele momento.

O Tomé trouxe-me boas notícias
Sobre as minhas espantosas perícias
No desenho das flores fui a primeira
Criei uma espécie mesmo à maneira.
2013-04-15

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O Brasil na época dos Descobrimentos


Para comemorar o Ano Brasil-Portugal, a EBI de Santo Onofre promove a semana do Brasil, de 22 a 26 de abril. A nossa professora de HGP propôs-nos a realização de um trabalho sobre o Brasil, na época dos Descobrimentos. Eu interessei-me por investigar como se vivia no Brasil, nessa altura.

Quando os Portugueses chegaram ao Brasil, encontraram pessoas que estavam nuas, usavam apenas uma faixa ou fio à cintura, que se enfeitavam com penas, plumas de cores muito vivas e pinturas e tinham arcos e flechas. No Brasil, viviam muitos povos que pertenciam a dois grandes grupos: os Tupi-Guarani e os Arawak, que se entendiam apesar, de falarem variantes da mesma língua. 

Moravam em aldeias com poucas casas ou malocas, mas que eram muito grandes (podiam ter até 200 pessoas)! Eles usavam troncos, ramos ou folhagens para as construírem. No seu interior, só havia uma escadaria e redes para toda a família dormir. Cada aldeia tinha um terreno para o convívio, as reuniões dos chefes e as cerimónias religiosas e era protegida por uma cerca.

Os homens podiam ter várias mulheres. As crianças pertenciam aos seus pais, mas toda a tribo era responsável por elas e ajudava na sua educação. Os órfãos nunca eram abandonados.

Nestes povos, os homens e as mulheres tinham tarefas distintas. As dos homens eram: derrubar árvores; preparar a terra para ser cultivada; fabricar canoas; construir as malocas; caçar; pescar; fazer fogo; lutar; fazer tatuagens numa das suas mulheres. As tarefas das mulheres eram: cultivar a terra; tratar dos animais domésticos; moer grãos para obter farinha; fiar algodão; fabricar redes de dormir, cestos e potes de cerâmica; tratar dos filhos; fazer tatuagens e pinturas nas crianças e nos adultos.

Eu gostei de fazer este trabalho, porque fiquei a conhecer melhor com viviam as pessoas no Brasil, quando os portugueses lá desembarcaram.


Bibliografia: Magalhães, Ana Maria e Alçada, Isabel, “: O Brasil”, Coleção Na crista da onda - nº11, ed. CNCDP e GT do ME p/ Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, set 1996.
2013-04-13