A
crise económica e social é uma fase de perdas, em que se põe em causa o
equilíbrio estabelecido.
Portugal
está em crise, porque tem uma grande dívida (défice), que deixou crescer muito,
ao longo dos anos, sobretudo a partir de 2008. Investiu-se muito em obras
públicas e sociais, o que obrigou o Estado a pedir cada vez mais dinheiro aos
mercados. Mas estes ao verem que Portugal não pagava o que devia e porque
também tiveram a sua própria crise, passaram a não querer emprestar dinheiro ou
a exigir juros muito elevados.
A
situação ficou tão grave que Portugal teve de pedir ajuda à Troika
(representantes de três instituições internacionais: FMI, Banco Central Europeu
e Comissão Europeia). Para receber dinheiro através da Troika, Portugal teve de
comprometer-se a aplicar muitas medidas, que têm gerado muito desemprego,
falência de empresas e empobrecimento. Os portugueses sentiram-se assim
privados de muitos bens a que se tinham habituado, como ter casa própria, bons
carros, boas roupas, férias…Os tempos não vão para isso. Nem os tempos, nem as pessoas,
nem nada.
Para
além do Estado, também nós somos responsáveis por esta crise, porque, com
colaboração dos bancos, também nos endividámos bastante.
Portugal
já tinha recebido muito dinheiro da Comunidade Europeia, mas não soube
aproveitá-lo para criar riqueza, por exemplo, através da exploração dos
recursos do mar ou da agricultura. Por outro lado, as nossas importações foram
sempre superiores às exportações.
Apesar
de, recentemente, os mercados já estarem mais confiantes e, por isso, os juros
terem baixado, ainda temos de descobrir novas formas de combater esta situação.
21-01-2013
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